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domingo, 18 de setembro de 2011

A protagonista.

Pelo sim, pelo não, eu decidi que de agora pra frente eu só faço o que eu tiver vontade.
Isso, simples assim. Se não quiser falar, não falo. Se não quiser nem ao menos olhar na cara, não olho, pronto.
A gente precisa ser menos omissa, menos submissa, precisa agir quando as pessoas machucam a gente, não dá pra perdoar sempre.
Vejam bem, não se trata de vingança, de "troco", de desejar mal a alguém. Apenas um modo de tentar criar uma proteção contra as patadas que a vida te dá, porque nem sempre
quem você ama vai te respeitar como tal, mesmo que também te ame.
E o que é o amor sem respeito? É mera conveniência, é aquele suportar, aquele aturar inevitável. Sinceramente, amor assim mais magoa do que abençoa e se é pra ser assim, que não seja.
Pelo sim e pelo não, eu decidi priorizar o "porque sim" ao invés do "porque não". Às vezes a gente diz sim quando não encontra uma boa resposta para o "por que não", mas agora eu direi não, sempre que não houver uma boa justificativa ao "por que sim".
Será assim no amor, no "trabalho", em casa.
Pelo sim ou pelo não, eu decidi viver mais, ser mais, resolvi protagonizar minha própria estadia na Terra e esqueci de você.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sobre lágrimas e gladiadores.

Enquanto lavava a louça, parei pra pensar sobre uma coisa: não lembro a última vez que chorei. Quero dizer, lembro sim e exatamente o fato de lembrar é que assusta, quando se chora com uma certa frequência, nunca se reflete sobre.
Pois é, será mesmo que petrificaram de vez meus sentimentos? Será que conseguiram tirar de mim aquela falta de vergonha de deixar a emoção transparecer? Será que eu ando me segurando demais?
E é com imensa felicidade que respondo não a essas perguntas.
As pessoas andam supervalorizando o choro, colocando as lágrimas num patamar alto, inatingível e ao mesmo tempo tão banal...
Tudo é motivo de choro, o namoradinho, a festinha que não deu pra ir, a nota ruim na escola...
Onde foi parar aquele choro digno e com motivos de verdade? Porque afinal, se for pra chorar sem vontade, eu fico séria, só.
Aliás, tudo é tão banal. Tudo é amor, tudo é paixão, tudo é tesão, tudo é calor, tudo é frio, tudo é amargo ou doce demais. São tempestades em copos d'água, são cachoeiras de emoções falsas se esvaindo com vagar, gota a gota...
Aí a gente tenta se proteger tal qual um gladiador, veste uma armadura, um calçado que proteja, pra tentar pisar nos outros, sem nem ao menos se arranhar...um capacete pra que nossas lágrimas não escorram no campo de batalha sentimental à toa.
E bola pra frente, fecha os olhos e vive. Sem chorar, é claro.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Brincando de "eu nunca".

Não tem jeito, se as pessoas bebem e logo após resolvem fazer confissões, não dá certo. Alguém sempre acaba falando(e bebendo) além da conta e depois se arrependendo(se lembrar).
Foi brincando de "eu nunca" que eu descobri que nunca mais viveria coisa igual.
Mas de qualquer forma, por mais idiota, babaca, imbecil e inconsequente que coisas como essa tenham sido, bate uma saudade...
Uma saudade oca que não passa, que telefonema não resolve...
Uma vontade de chorar, de voltar atrás e fazer tudo de novo!
Aí eu me seguro, penso que as melhores coisas têm seu fim e que o "pra sempre", na verdade, existe na minha memória.
Eu lembro de cada abraço, cada estilhaço, cada churrasco, cada festa e cada ressaca...
Não dá pra explicar, a gente muda os hábitos, muda o ambiente pra ver se esquece, mas é meio impossível.
Confesso, ás vezes, andando de trem, pra tentar me "reurbanizar", por assim dizer, fico me perguntando onde estão as vaquinhas pastando, onde está aquele aroma de eucalipto bem no meio da estrada, onde está a bagunça e onde estão os meus amigos...

É, tem sido foda.

Desculpem o linguajar, mas é verdade.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Escuridão.

Eu sempre achei que a escuridão era algo que ocorria na ausência de luz.
Mas agora, não tenho tanta certeza assim.
Certeza, está aí uma coisa que sempre jurei ter, agora não tenho mais.
Sempre pisei firme, como se não tivesse medo de cair ou tropeçar. Acho que nunca tive medo de tropeçar, muito menos de cair, até o dia em que caí, desde então passei a pensar nas consequências que cada passo dado, errado ou não, poderia ter.
Pode ser essa a minha própria escuridão, a ausência da certeza, o medo, que inerente ao ser humano, veio bater em minha porta.
E dessa vez não adianta muita coisa, não basta acender a lâmpada, a minha escuridão não necessariamente cessará, ela tem um "que" de permanente, eu nunca tinha vivido isso.
Pode ser a saudade, pode ser a quebra da rotina, pode ser o tédio e pode ser o acréscimo de responsabilidade. Mas eu resumo assim: escuridão.
E só.